segunda-feira, 9 de novembro de 2009

O novo perfil de Dilma Rousseff

A candidatura da ministra Dilma Rousseff à Presidência de 2010, promete ser uma dura jornada para os seus assessores. Conhecida pela austeridade com que trata quem a cerca, assim como o presidente Lula nas eleições de 2002, a ministra também está sendo remodelada.

Não é somente o figurino, que terá de ser transformado, mas as atitudes. Aliás, se fosse somente à troca de roupa seria fácil. O difícil vai ser ensiná-la a tratar as pessoas de igual para igual, e abandonar os discursos radicais, que assustam o eleitor, exatamente como o presidente Lula fez.

Em sete anos de ministério, Dilma nunca escondeu que não tem tato político, prova disso foram as brigas e desavenças dentro do próprio partido, o PT. A pergunta que não cala é: será que uma mulher tão rude tem condições de comandar um povo tão alegre?

A aparência pode ser manipulada, mas os traços de personalidade não. Inclusive, desde que vêm tentando se tornar mais acessível, Dilma tem cometido muitas falhas. Durante os eventos a que tem ido, quando está incorporando a nova personagem, é simpática e acolhedora, porém, quando volta a si cumprimenta apenas as autoridades. Atitudes como essas, tem sido motivo de constantes advertências à ministra. Mesmo com todo esforço por parte dela, dá para perceber que está difícil cumprir o papel de candidata.

Mesmo antes de o período eleitoral estar aberto, já é possível notar que a sociedade está estranhando essa nova Dilma. No entanto, todos estão curiosos para ver o resultado. O que não pode ser esquecido, durante a campanha, é que isso faz parte de um plano de marketing, e que provavelmente, a dureza estará de volta no dia seguinte à eleição.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Descoberto em ovos de aranhas moléculas antimicrobianas

O estudante paulista Ivan Lavander Ferreira, 18 anos descobriu que no futuro, doenças como “sapinho” e “candidíase”, causadas pelo fungo Candida albicans poderão ter tratamento mais eficaz.

Um novo tipo de antibiótico, descoberto em ovos de aranha-armadeira (Phoneitria nigriventer) valeu um prêmio ao estudante, na maior feira escolar de ciências do mundo, realizada em maio passado nos Estados Unidos.

Em entrevista a Revista Ciência Hoje, Ivan contou que criava opiliões – parentes inofensivos das aranhas, e notou que os ovos desses aracnídeos não apodreciam quando eram deixados ao ar livre. Essa observação levou o estudante, do terceiro ano do ensino médio, a procurar o Instituto Butantã, em São Paulo, onde conheceu o biólogo Pedro Ismael da Silva Junior, que sugeriu ao garoto que deixasse os opiliões e prosseguisse a pesquisa com aranhas-armadeiras.

Para estudar os ovos de aranha, Ivan freqüentou durante quase um ano o Laboratório de Toxicologia Aplicada do Instituto Butantã. Quatro moléculas foram isoladas: duas lisozimas (que agem contra fungos e bactérias), e dois peptídeos (substâncias de baixo peso molecular que podem atuar mais rapidamente que os antibióticos atuais). A partir desses estudos, ele descobriu um novo modo de ação contra a Candida albicans e contra a bactéria, não patogênica, Microccocus letus.

Agora o estudante tenta sistematizar em laboratórios as substâncias que identificou nos ovos de aranha, e pretende estudar para entrar na faculdade de biologia. Durante a entrevista, o garoto lembrou que vivenciou uma situação incomum no Brasil, pois, foi umas das poucas vezes que um Instituto de pesquisa abriu suas portas para um estudante de ensino médio.


Fonte: Revista Ciência Hoje 264 – outubro de 2009

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Reforma psiquiátrica e a mídia.

A influência da mídia na psicanálise tem sido causa de muitas discussões. Recorrendo a artigos que trazem dados sobre o tema, verificamos que em 1972 os diários “O Globo” e o “Jornal do Brasil” tratavam diretamente de aspectos relacionados à saúde mental, detectando que a maioria deles retratava temas clássicos, isto é, relacionados a diagnósticos e a tratamentos tradicionais, quer medicamentosos quer psicoterapêuticos.

No artigo do Jornal do Brasil encontramos uma declaração do psiquiatra Paul Sivadon que prevê o fim do manicômio dentro de 30 anos, afirmando que as doenças mentais seriam tratadas como as outras doenças.


Trinta e poucos anos depois da declaração o que podemos perceber é que a doença ainda não é aceita, e que a mídia colabora para esse processo tratando os doentes mentais como pessoas perigosas e muitas vezes denominando-os criminosos.


A verdade é que, entre 1965 e 1970, a depressão se estabelece com vigor no seio da medicina geral e se expande, por intermédio da mídia, a toda a população. Os laboratórios, as revistas, os jornais, a televisão, cumprem o seu papel.


A grande imprensa tem se mostrado uma aliada da reforma psiquiátrica, divulgando projetos e ações a ela vinculada (novos dispositivos de atenção, projetos de reinserção social, residências terapêuticas, propostas de geração de renda etc.), embora nunca deixe de conceder algum espaço aos tradicionalistas. Por outro lado, porém, é importante estar atento, simultaneamente, aos modos contemporâneos de comunicação e informação.


O apoio midiático à reestruturação da atenção psiquiátrica na América Latina é recomendado na Declaração de Caracas (OPAS, 1990) e muito presente nas Conferências Nacionais de Saúde Mental e na legislação recente, sendo abordado em jornais de diversos estados do Brasil.

É coisa de maluco!



As transformações sociais, tecnológicas, econômicas e outras interferem diretamente na nossa vida. Vivemos em um mundo competitivo, incerto, indeterminado e complexo, e isso, muitas vezes, nos torna insensíveis diante do próximo.

A Humanidade passa por um momento importante, em que diversas crises se sobrepõem, e podemos perceber que uma ruptura com velhos paradigmas está para acontecer. Novas formas de trabalhar e novos modelos de organização e gestão de tudo que leva a assinatura humana (governação, política, economia, saúde, etc.) devem ser reestruturadas.

Os velhos e desgastados modelos mentais que nortearam a sociedade humana até o ponto da falência em que vivemos não são mais confiáveis. As nossas preocupações pessoais têm nos tornados desatentos e ignorantes. O ser humano transformou o mundo, incluindo a Natureza, mas não acompanhou a velocidade da mudança dos acontecimentos, e poucos foram os que entenderam o que realmente está a mudar nas nossas vidas e as conseqüências e resultados.

A sociedade está doente, aliás, hoje o normal é ser doente e estressado. O sistema capitalista transformou os homens em máquinas de consumir, em contas bancárias a serem exploradas. Conquistamos a democracia, a preço de sangue, e continuamos a viver como escravos. As pessoas enganam-se pensando que são livres para pensar e sentir o que desejam, mas se atormentam por coisas que ainda não aconteceram, ou por pseudonecessidades.

Os sentimentos que estimulam os sonhos, os planos, o enfrentar riscos para evoluir, amadurecer foram substituídos nas sociedades modernas por fábricas de estresse doentio, que bloqueiam a inteligência, obstruem o prazer e geram ansiedade, dores musculares, dores de cabeça, fadiga excessiva.

Mais de dois terços das pessoas sofrem de estresse nas sociedades atuais, como comprovam as estatísticas, e a grande maioria faz uso continuo de medicamentos, muitas vezes influenciado pela mídia, que desinformada divulga suposições como verdades cientificas, noticia teses de que a psique é química, e sem ter consciência, contribui para os lucros elevadíssimos das empresas farmacêuticas.

Não existe mais tempo para a tranqüilidade e para a educação. As pessoas não apreciam mais as flores, nem os pássaros e nem a chuva. Ninguém mais tem tempo para conversar, sorrir e cantar, sem compromisso, sem importar-se com o que vão pensar os outros.

Temos de ser gestores do nosso tempo, caso contrário somos vítimas do nosso próprio sucesso, pois, a felicidade não é linear, não é fruto de uma casta ou um dom genético. Ela é um processo de conquista. Quem faz das pequenas coisas um espetáculo para os olhos, encontrou a felicidade.

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Então, você vê alguma diferença?


Às vezes recebemos oportunidades e demoramos pra entender o porquê. Mas nada acontece por acaso, tudo no final vai fazer sentido se soubermos aproveitá-las. Eu fui escolhida para viver uma experiência muito bonita e, que depois dela, com certeza não serei mais a mesma. Não falo em uma transformação, mas em evolução, amadurecimento.
O preconceito é algo presente em nossa sociedade, mesmo no século XXI as pessoas continuam a descriminar qualquer indivíduo ou grupo que não esteja de acordo com as normas impostas pela sociedade.
Quando falamos em homossexualidade, especialmente, as manifestações preconceituosas se dão de forma mais intensa e, muitas vezes acompanhadas de violência. Homossexuais são estigmatizados e marginalizados por não se enquadrar nesses padrões sociais tidos como “corretos” e, muitas vezes não tem seus direitos básicos de cidadão assegurados pelo Estado.
O que esquecemos nesse caso, é que se queremos ser respeitados como somos devemos respeitar as pessoas como elas são, afinal, são as diferenças que tornam a vida interessante. Cada um com seu cabelo, seu jeito de vestir, sua cor de pele, preferências musicais e sexuais tem o direito de ser feliz. As questões que devem ser motivo pra discussão são outras, e não cabe voltar a esse assunto aqui.
Se todos começarmos hoje a mudar alguns comportamentos, iniciando pelo respeito ao próximo, em menos tempo que imaginamos teremos uma sociedade melhor, Se é utopia, que seja. Eu acredito em um mundo melhor e, acho que vale a pena lutar por essa causa.
Ninguém precisa aceitar um homossexual, mas respeitá-lo sim. Incorpore pequenas atitudes de amor ao seu dia-a-dia, deixe de lado os preconceitos e seja feliz!

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Jornalista por formação.


Que o Brasil é o país da impunidade, todos já sabemos. Aqui, políticos fazem o que querem com o dinheiro público, ridicularizam as seções do senado com ofensas e acusações, sem a menor cerimônia.
Dentro desse cenário, onde existe um total descontrole de poder (ou seria o contrário), no dia 17 de julho deste ano o STF aprovou, por 8 votos a 1, a não obrigatoriedade do diploma para exercer a profissão de jornalista, decepcionando não somente a categoria, mas, principalmente a sociedade que perde em qualidade de informação.
O que estava em jogo neste dia era mais que a obrigatoriedade ou não do diploma para jornalista, mas o interesse das grandes empresas de comunicação em desregulamentar uma profissão que, há mais de 40 anos constrói conhecimento nessa área especifica para atender um direito básico do cidadão: receber informação séria, de qualidade e isenta. Final de história, STF pressionado por essas empresas se vendeu para o patrão!
A pergunta que devemos nos fazer é: até quando vamos permitir que essa vergonha continue? Não dá pra aceitar que a corrupção e o jogo político decidam o que é melhor pra sociedade, ainda mais quando se tem consciência de que o privado está sempre em primeiro lugar para os nossos excelentíssimos representantes políticos.Protestos estão sendo feitos em todo o Brasil e, o apoio da sociedade nesse momento é um incentivo para que os estudantes continuem lutando contra o oligopólio midiático (grandes empresas da mídia), contra as decisões equivocadas do Supremo Tribunal Federal e contra os escândalos políticos vergonhosos e constantes em nosso país.

Cada volta é um recomeço!


Durante um tempo (longo tempo) deixei de publicar minha opinião nesse espaço criado especialmente para levantar questões importantes e polemicas. Vários motivos contribuíram para essa decisão, assim como hoje, vários motivos me levam a voltar escrever. Expressar minha indignação com o cenário político do nosso país é um desses motivos, tentar de alguma forma contribuir com informações sérias é outro.
Para marcar a volta o tema não poderia ser outro: o Diploma de Jornalista. Afinal, foi aí que tudo começou.
Uma boa leitura a todos!
Beijos