terça-feira, 6 de outubro de 2009

É coisa de maluco!



As transformações sociais, tecnológicas, econômicas e outras interferem diretamente na nossa vida. Vivemos em um mundo competitivo, incerto, indeterminado e complexo, e isso, muitas vezes, nos torna insensíveis diante do próximo.

A Humanidade passa por um momento importante, em que diversas crises se sobrepõem, e podemos perceber que uma ruptura com velhos paradigmas está para acontecer. Novas formas de trabalhar e novos modelos de organização e gestão de tudo que leva a assinatura humana (governação, política, economia, saúde, etc.) devem ser reestruturadas.

Os velhos e desgastados modelos mentais que nortearam a sociedade humana até o ponto da falência em que vivemos não são mais confiáveis. As nossas preocupações pessoais têm nos tornados desatentos e ignorantes. O ser humano transformou o mundo, incluindo a Natureza, mas não acompanhou a velocidade da mudança dos acontecimentos, e poucos foram os que entenderam o que realmente está a mudar nas nossas vidas e as conseqüências e resultados.

A sociedade está doente, aliás, hoje o normal é ser doente e estressado. O sistema capitalista transformou os homens em máquinas de consumir, em contas bancárias a serem exploradas. Conquistamos a democracia, a preço de sangue, e continuamos a viver como escravos. As pessoas enganam-se pensando que são livres para pensar e sentir o que desejam, mas se atormentam por coisas que ainda não aconteceram, ou por pseudonecessidades.

Os sentimentos que estimulam os sonhos, os planos, o enfrentar riscos para evoluir, amadurecer foram substituídos nas sociedades modernas por fábricas de estresse doentio, que bloqueiam a inteligência, obstruem o prazer e geram ansiedade, dores musculares, dores de cabeça, fadiga excessiva.

Mais de dois terços das pessoas sofrem de estresse nas sociedades atuais, como comprovam as estatísticas, e a grande maioria faz uso continuo de medicamentos, muitas vezes influenciado pela mídia, que desinformada divulga suposições como verdades cientificas, noticia teses de que a psique é química, e sem ter consciência, contribui para os lucros elevadíssimos das empresas farmacêuticas.

Não existe mais tempo para a tranqüilidade e para a educação. As pessoas não apreciam mais as flores, nem os pássaros e nem a chuva. Ninguém mais tem tempo para conversar, sorrir e cantar, sem compromisso, sem importar-se com o que vão pensar os outros.

Temos de ser gestores do nosso tempo, caso contrário somos vítimas do nosso próprio sucesso, pois, a felicidade não é linear, não é fruto de uma casta ou um dom genético. Ela é um processo de conquista. Quem faz das pequenas coisas um espetáculo para os olhos, encontrou a felicidade.

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